Trilabelos
Fenótipos
A trilabelia é uma modificação genética
caracterizada pela formação de neo-labelos numa flor típica
de orquidáceas.
Classificação das Trilabelos
a) De acordo com o grau de diferenciação holo-morfocromática
Esta classificação leva em consideração
a forma geral, forma do colorido das estampas neolabelares e cores da flor.
a.1) trilabelismo completo: Flores Trilabélicas
São flores que possuem os dois neo-labelos praticamente idênticos
ao labelo original, tanto na forma, no tamanho, nas cores e nos desenhos labelares,
quando existirem.
Podemos subdividi-las, se considerarmos as formas das sépalas, em iso-sepálicas
(sépala superior igual às sépalas inferiores) e aniso-sepálicas
(sépala superior diferente das inferiores) |
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a.2) trilabelismo incompleto: Flores Trilabeloides
Se diferenciam das trilabélicas por terem diferenças
entre os neolabelos e o labelo original, quer nos fenótipos das formas
quer nos fenótipos dos desenhos estampados. |
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b) Em relação à existência
ou não de estampas neolabelares
b.1) trilabelos com máculas
Apresentam estamparia labelar nos neolabelos, os quais como vimos podem ter
o mesmo desenho do labelo original ou desenho diverso.
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b.2) trilabelos sem máculas
Corresponde ao trilabelismo evidenciado apenas na forma dos neolabelos. São
flores que apresentam ou não a estampa labelar mas nunca as estampas
neolabelares. |
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c) Denominações das trilabelos de acordo com os fenótipos
das formas e da presença dos morfocromatismos labelares
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c.1) trilabelos mórficas
O trilabelismo é observado somente na forma evidenciada dos
neolabelos, não existindo estamparia de origem labelar nos mesmos.
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c.2) trilabelos cromáticas
O trilabelismo (fenótipo discutível) é evidenciado
unicamente pelas estamparias dos neolabelos, não apresentando mais nada
que indique trilabelia pois os neolabelos permanecem como se fossem pétalas
de forma “típica.” São raras e podem ser consideradas
também como as verdadeiras flameas de forma “típica”,
quando estariam colocadas ao lado das puntatas, estriatas, venosas e maculatas. |
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c.3) trilabelos morfocromáticas
O trilabelismo se evidencia tanto nas formas quanto nos coloridos estampados
de origem labelar.
( trilabelos com máculas) |
Trilabelismo e Bilabelismo com Fenotipia Instável
Alguns
cultivares trilabélicos ou bilabélicos apresentam-se com instabilidade
genética na cor e/ou na forma.
Nas trilabelos com máculas, são várias as combinações
observadas entre os fenótipos das formas e da morfocromazia dos neo-labelos.
Classificação das Trilabelos com Mácula
de Acordo com o
Desenho
apresentado nos Neo-Labelos (classificação
pelo multiformismo neolabelar)
a)
aquinóides:
Estamparia de origem labelar com desenho semelhante ao do cultivar
‘Aquinii’, ou seja, colorido cheio, homogêneo e bem delimitado,
praticamente sem borrões, podendo ser considerado como reprodução
cromática da estampa “tipo” dos labelos da intermedia típica.
b) flâmeas:
Com
estamparias neolabelares semelhantes às estampas labelares das multiformes
sp.das intermedia típica, isto é, sem colorido homogêneo
e sem forma bem delimitada.
Nas trilabélicas com máculas, as estampas
dos neolabelos serão denominadas com a mesma nomenclatura das estampas
dos labelos originais das intermedia típicas:
Íntegra;
Pseudotipo; Oculata; Venosa; Orlata; Marginata; Estriata; Flameo-lineata; Flamea
(= Multiforme sp.); Aquinóide (= tipo)
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Na Cattleya intermedia trilabelo, o fenótipo lineato encontrado
nos neo-labelos não tem correspondência nos labelos originais,
no entanto ocorrem nos labelos de algumas cattleyas monofoliadas |
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Já
as trilabelos ditas sem máculas nos neo-labelos podem ter
ou não máculas no labelo original e são classificadas
pelas cores básicas primárias, ou nas cores das estampas
dos labelos quando existirem.
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Dois Cultivares de Cattleya Intermedia com Fenotipia Exuberante
C. intermedia trilabelóide marginata multiforme marginato
(Foto gentilmente cedida pela FGO) |
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Cattleya intermedia trilabelóide coerulea estriato
venosa
multiforme marginato venosa (com gymnochilia)
(Foto gentilmente cedida por Carlos Gomes)
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