ROTEIRO PARAJULGAMENTO
Tendo em vista o que foi exposto
e, considerando que existem fenótipos mais exuberantes (mais marcantes),
sugere-se o seguinte roteiro hierárquico diferenciador para julgamento
de Cattleya intermedia.
Ordenação fenotípica classificatória para
algumas espécies de Cattleya e Laelia
1- Forma geral da flor (típica e atípicas
)
2-Cor básica da flor (tipos,albas, cerúleas, vinicolores, semi-albas,
albescens, concolores, etc.)
3-Estamparia pétalo-sepálica (venosas, puntatas, estriatas, etc)
4-Estamparia labelar (tipo e multiformes diversas)
5- Cor da estampa labelar (tipo, ametista, ametistina, vinho, roxo-bispo, etc.)
Para julgamento é praxe utilizarmos um ou dois fenótipos mais
"chamativos” de nossa observação visual para determinar
o grupo de enquadramento. Nas trilabelos, podemos usar até três
fenótipos.
Fenótipo Principal - Forma das Pétalas
Iniciar separando os cultivares pelos fenótipos diferenciais
da forma das pétalas, que originam os três grupos a serem julgados
separadamente:
- TÍPICAS diplóides
- ATÍPICAS pétalas largas
- ATÍPICAS trilabelos (com e sem máculas
) Fenótipos relativos às cores básicas
Em seguida, separar as típicas, atípicas pétalas
largas e atípicas trilabelos sem máculas, de acordo com suas cores
básicas, determinantes da seguinte nomenclatura (12 Grupos):
1. Albas
2. Semi-albas
3. Albescens
4. Semi-albescens
5. Suavissimas
6. Concolores
7. Tipos
8. Rubras
9. Sanguíneas
10. Vinicolores
11. Ceruleas
12. Cerulensis
Fenótipos relativos às estamparias pétalo-sepálicas.
Nas pétalas das flores típicas, atípicas pétalas
largas e nos neo-labelos das atípicas trilablelos sem máculas,
pode-se observar as seguintes estamparias pétalo-sepálicas (5
grupos)
1- Puntatas
2 - Maculatas
3 - Estriatas
4 - Venosas
5 - Flameas
Fenótipos relativos às estamparias dos neo-labelos
As flores atípicas trilabélicas e trilabelóides
com máculas terão os neo-labelos agrupados conforme as estampas
labelares, com duas opções formando, neste caso 2 ou 10 grupos:
1 - trilabelo aquinóides e
2- trilabelo flâmeas
Ou subdividindo-as
1 - Aquinóides (Tipos)
2 - Flâmeas (Multiformes sem Particularidades)
3 - Orlatas
4 - Marginatas
5 - Estriatas
6 - Flameo-lineatas
7 - Oculatas
8 - Pseudotipos
9 - Íntegras
10 - Venosas
Fenótipos Classificadores das
Formas dos Desenhos das Estampas dos Labelos
Agrupamento das flores ainda não selecionadas anteriormente, incluíndo
as típicas, atípicas poliplóides e as típicas trilabelos
sem máculas que apresentem o mesmo desenho estampado independente das
cores que as flores possuam:
TIPO (já agrupadas nas cores básicas) e MULTIFORME (dois grupos)
Divisão do grupo multiforme:
1 - Multiforme Sp
2 – Pseudotipo
3 – Mandaiano
4 - Atro
5 - Oculato
6 - Venoso
7 - Orlato
8 - Marginato
9 - Irrorato
10 - Estriato
11 - Integro.
12 - Albo-marginata
(Tendo assim mais 1 ou mais 12 grupos)
Fenótipos das cores das estampas labelares
O último passo é o de agrupar as plantas restantes, cujos únicos
fenótipos diferenciais são as cores dos labelos (vale para as
típicas, para as atípicas pétalas largas e para as atípicas
trilabelos sem máculas) Além da cor 7 (tipo), já classificada anteriormente, temos mais
11 grupos.
1 - Roxo-Bispo
1 - Suave da Tipo
3 - Ametista
4 - Ametistina
5 - Roxo-Violeta
6 - Vinho
7 - Frezina
8 - Bordô
9 - Lilazina
10 - Marrom
11 - Magenta (Roxo-Batata)
Grupos para julgamento
Forma típica diplóide, atípicas de pétalas largas
e atípicas trilabelos sem mácula, 29 ou 40 grupos para julgamento.
Nas trilabelos com máculas, 2 ou 10 grupos de julgamento.
Para tornar menor o número de grupos a serem julgados, pode-se optar
por reunir os fenótipos em diversos arranjos reduzindo para 32 os grupos
de julgamento:raz
Opção 1: Julgar exclusivamente pelo fenótipo da melhor
forma geral entre todas as plantas presentes: teríamos um só julgamento.
Opção 2: julgar exclusivamente pela melhor forma, separadamente,
as típicas diplóides,as atípicas pétalas largas
e as atípicas tri-labelos sem máculas: 3 grupos de julgamento
Opção 3: condensar os fenótipos das cores básicas
e das cores das estampadas labelares:
- nas colorações azuladas (cerúlea, cerulensis, ametistina,
ametista, roxo-violeta e roxo-batata) como grupo das azuis;
- nas colorações “vinhosas” (vinicolores, vinho, frezina
e bordeaux) como grupo das vinhos. Opções outras podem ser adotadas como, por exemplo, escolher
somente as melhores em forma dentre as tri-labelos com e sem máculas,
independente de cores e estampas apresentadas, reduzindo-se assim um grande
número de grupos.
BIBLIOGRAFIA
1 - Carolus Linnaeus descrição de planta pelórica
2 - Orchidaceae Brasiliensis – Guido Pabst
3 - Iconografia de orchidaceae brasiliensis - Hoehne
4 - Pesquisa em inúmeros links, na internet,incluindo site de discussão
Orquídeas do Yahoo
5 - Artigos de João Paulo Fontes (Orchid News - http://www.delfinadearaujo.com)
6 - Compêndio de Botânica Paulo Benzzoni
7 - Botânica – Chave para determinar família de plantas
indígenas e exóticas do Brasil pelos botânicos : Graziela
M. Barroso e Edmundo Pereira do Jardim Botânico do Rio de Janeiro
– Waldemiro Potsch e Carlos Potsch do Colégio Pedro II -1972
- 12ª edição
Créditos das fotografias e agradecimentos
Agradecimentos a Aparecida Loures, Ariel Molinari, Augusto Albino Köpp,
Carlos Gomes, Cecília Pinto, Horst Dieter Eisele, Sérgio
Garcia, Tiago Estevam, Tovar Grandi Musskopf e Carlos Daniel S. da Rosa, Presidente
da FGO por permitir o uso de fotos da Federação. Assim como Annals
of Botany (Oxford University Press) e ao Sr. Al Schneider (www.swcoloradowildflowers.com
e USDA Plants Database) pelas cessão das fotos de plantas do gênero Linaria.
Agradecimento especial ao meu grande amigo Luiz Filipe Klein Varella que muito
ajudou neste trabalho fotografando muitas das orquídeas que o compõem,
bem como no trabalho de formatação original da apresentação
em power point.
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