
A
Produção Tailandesa de Orquídeas para os Mercados
Mundiais
Por Kanchit Thammasiri - Bangkok Thailand
Embora a Tailândia seja o habitat natural de mais de 1.100 espécies
de orquídeas, a cultura das orquídeas começou há
90 anos atrás como um hobby caro para ricos e para a elite.
A introdução do Dendrobium Pompadour foi o divisor
de águas que trouxe a popularidade ao cultivo de orquídeas
na País.
A tecnologia de produção das orquídeas substituiu
a cultura tradicional que imitava a vegetação natural.
Disto resultou um alto rendimento e qualidade de plantas e flores.
Em l.966, apenas uma pequena quantidade de orquídeas de corte
eram exportadas da Tailândia para os países europeus.
As orquídeas continuaram a suplantar as outras plantas ornamentais
em razão de uma melhor tecnologia, de condições
climáticas favoráveis, da experiência e conhecimento
dos produtores e exportadores. As orquídeas são um símbolo
da Tailândia que reflete o orgulho do País, internacionalmente.
Kanchit
Thammasiri trabalha no Departamento de Ciência de Plantas, Faculdade
de Ciência e Instituto de Ciência e Tecnologia para a Pesquisa
e Desenvolvimento, na Universidade de Mahidol, Bancoc.

Advances
in Brachypetalous Paphiopedilum Breeding
Por Norito Hasegawa - Paphanatics Ltd
A hibridação de Paphiopedilum da seção
Brachypetalum começou no final do século XIX com híbridos
primários e com híbridos secundários na virada
do século XX. O grupo ficou virtualmente negligenciado para mais
meio século sem que nenhum híbrido tenha sido registrado
na Sander's List of Hybrids (Lista Sanderde Híbridos). No final
dos anos 70 e nos anos 80, aproximadamente cinco híbridos foram
registrados. Nos últimos doze anos, este grupo chamou a atenção
dos aficionados de Paphiopedilum com registros de muitos híbridos
novos. A hibridação evoluiu em diversas direções:
plantas com flores maiores (algumas que excedem 12 cm), flores mais
escuras (algumas quase que inteiramente vermelho-arroxeadas), uma linhagem
de albinos (amarelos e brancos puros) e flores com pintalgados grandes,
bem diferentes das cores comuns a este grupo.

Adelaide
Orchids muda-se para Bali
Por Stephen Monkhouse - Adelaide Orchids, South Australia
Adelaide Orchids foi fundada em 1962, por meus pais, no pequeno subúrbio
de Adelaide, Sul da Austrália. O orquidário cresceu rapidamente
e se mudou para um outro subúrbio da mesma cidade. Esta nova
propriedade possuía 6 acres e negócio dividiu-se em plantas
de corte para exportação e planas de vaso para o comércio
interno. A produção se constituia de Cymbidiums, Paphiopedilums,
Cattleyas, Odontoglossums e alguns Zygopetalums.
Em 1992, a administração dos negócios passou para
mim e minha esposa, após a aposentadoria de meus pais e nosso
estoque era formado por Paphiopedilums, Cattleyas, Odontoglossums, espécies
nativas da Austrália e alguns Zygopetalums.
Tendo em vista a necessidade de procurar novas tendências em orquídeas,
nós escolhemos o gênero Zygopetalum. Estando limitado
às espécies disponíveis e alguns poucos híbridos
intergenéricos para trabalhar, fomos abençoados com resultados
fantátiscos que parecem melhorar a cada nova floração.
A nova gama de cores tem revolucionado num arco iris de cores e de diferentes
combinações. O tamanho das plantas foi aperfeiçoado
fazendo-se novos Zygopetalum muito menores e florindo facilmente.
O perfume é um aspecto muito importante e atualmente vai de vanilla,
rosa, apimentado até doce. Nós encontramos plantas que
se tornaram incrivelmente tolerantes a diferentes condições
de cultivo. Inicialmente considerado como planta de frio mas recentemente,
clientes ao redor do mundo experimentaram condições diferentes,
desde ao ar livre o ano todo em Oklahoma até as condições
semi-tropicais da Flórida, onde as plantes ficam no interior
em ambiente de ar condicionado e luz artificial com resultados fabulosos.
Agora, estamos mudando para Bali, Indonésia. O orquidário
estará localizado nas montanhas de Bali, a uma elevação
de 1.200 metros. Zygopetalum crescem da uma maneira excelente
como eu jamais vi e com floração a cada 2 ou 3 meses.
Stephen Monkhouse tem dado, durante os últimos 123 anos, palestras
através da Austrália e além mar. Ele participou
como juiz, expositor e palestrante da Asia Pacific Orchid Conference,
em Fukuoka, Japão assim como da 16ª. e 17ª. WOC. Ele
contribuiu para publicações renomados no mundo inteiro
como AOS Bulletin, The Orchid Digest, The Orchid Review, & Orchids
Australia on Zygopetalums.

Cattleya
pot plant business through Japanese auction company
Por Haruhiko Nagata - Nagata Engei and Frontier Orchids - Japan
O comércio de flores cortadas de Cattleya é muito
popular, não somente no Japão mas em qualquer lugar do
mundo. No entanto, o comércio de pequenas Cattleya está
ligado à orquidofilia. Dois pontos chaves o primeiro é
a apresentação e o aspecto da planta, o segundo é
a preparação da planta e de suas flores para se tornar
mais tolerante ao manuseio durante o processo de distribuição.
O comércio de Cattleya em vaso promete uma expansão
de venda através de empresas de que promovem leilão.
1. Seleção dos padrões
a) qualidade estável de produção;
b) disponibilidade permanente (o ano todo);
c) baixo custo de produção;
d) reação às técnicas especiais de cultura.;
2. facilidade de arranjo para venda;
a) limpeza da planta e do vaso;
b) limpeza dos bulbos e folhas;
c) estaqueamento da haste floral principal;
d) armação das hastes florais secundárias;
e) proteção das flores;
f) identificação correta na etiqueta;
g) embalagem;
h) faturamento.
Depois
da preparação efetuada pelo cultivador, as cattleyas são
transportados ao local do leilão onde são rapidamente
arrematadas. Logo em seguida, as plantas são entregues aos consumidores
através dos canais típicos de distribuição,
isto é atacadistas e varejistas. Eu acredito que existam dois
pontos-chave no Japão. Um é a apresentação
que é muito importante para uma venda bem sucedida no leilão,
já que não há tempo para que ocultivador fale aos
compradores sobre os aspectos especiais de suas plantas, ele deve confiar
na aparência favorável de seu produto para incentivar a
venda. O outro ponto é que a planta e suas flores devem corretamente
ser preparadas para tolerar a manipulação durante o processo
da distribuição. A venda de Cattleya em vaso é
negócio promissor quando executado através das companhias
japonesas do leilão durante a recuperação econômica.

O
Futuro das Cattleyas-Padrão
Por Arthur E. Chadwick - Chadwick & Son Orchids Inc
Cattleya tem sido a orquídea de maior sucesso comercial
desde seu descobrimento em no princípio do século XIX.
Nós vimos o declínio da indústria de flores cortadas
o retorno do mercado de plantas envasadas e, atualmente, com os híbridos
de flores de cores tradicionais (branca, púrpuras) e as novas
cores (vermelhas, amarelas, alaranjadas, etc.). Podemos imaginar quais
avanços tecnológicos (principalmente da engenharia genética?)
poderão se desenvolver no século XXI, revolucionando ainda
uma vez a produção de orquídeas. O novo milênio
começa com orquídeas detendo a segunda posição
nas vendas de plantas de interior no Estados Unidos.

Cattleyas
Colombianas
Por Thomas Toulemonde
Um número elevado de espécies de Cattleya de Colômbia
foram estudadas por mais de 10 anos para determinar o estado de conservação
destas espécies e ter um índice completo de variação
de cor de uma das 8 espécies estudadas.
Não apenas uma grande gama de variação cromáticas
e morfológicas foi determinada como também importantes
diferenças de cores foram encontradas dependendo no local de
origem.
Esta descoberta foi confirmada pelo uso de seedlings floridos originados
de diferentes regiões e habitats específicos.
Novas variações de colorido foram descobertas abrindo
a possibilidade de uso destas variedades para se obter novos híbridos
comercialmente viáveis.
Thomas
Toulemonde nasceu na cidade de Nova Iorque e vive na Colômbia.
Graduou-se pela Universidade de Purdue; West Lafayette, Indiana, como
Bacharel em Ciências em Agronomia e Bioquímica de plantas.
Tornou-se mestre em Ciência, Botânica e Fisiologia de Planta
pela Universidade de Cornell; Ithaca, New York. Já publicou alguns
livros sobre orquídeas: Atas da XX Exposição Internacional
da Colômbia (1995), Um Guia de Campo para a Classificação
dos gêneros Gongora Ruiz & Pavón. Sistemática
(1999). As Espécies de Cattleya colombiana e suas variações
de cor - descrição (2004). Possui também um site
sobre orquídeas (www.suamena.com).

A
moda da Cattleya no Extremo Oriente
Por Munekazu Ejiri
As
Cattleya são as mais belas orquídeas por seu porte, forma
e cor das flores e também por seu perfume. O Japão é
conhecido por suas Cattleyas pequenas ou de tamanho medido. O s híbridos
que nós fazemos são destinadas ao mercado de amador. Este
mercado não é muito grande mas, apesar disto, nós
produzimos híbridos de Cattleya grandes e de Cattleya pequenas
(miniaturas) há mais de 20 anos. Nós dispomos atualmente
de uma vasta gama de híbridos de tamanho, cor e forma diferentes.
A produção em massa poderia matar este mercado de orquídeas
para amadores pode pode ser dar uma idéia de como um pequeno
produtor pode sobreviver à grande onda de produção
em massa, no mundo inteiro.
Munekazu
Ejiri é graduado pela Universidade de Agricultura de Tóquio
e trabalhada, desde l986, no Suwada Orchid Nursery, é membro
da Japan Orchid Growers Association (JOGA) e também juiz além
de presidente do Comte de Relações Públicas da
Japan Orchid Growers Association.

Golden
Peoker… progenitor
de ouro!
Por Howard S. Ginsberg
Phalaenopsis Golden Peoker, Golden Peoker, híbrido registrado
em 1981, está em vias de se tornar o mais remarquável
fator de influência nos híbridos de Phalaenopsis «
nouveautés » (novelty Phalaenopsis). Já progenitor
de uma centena de híbridos de primeira geração,
Phalaenopsis Golden Peoker representa uma tríplice « ameaça
» : aquela de seus próprios híbridos (Perfection
Is, Brother Kaiser, Brother Peacock, etc.) ; na qualidade de progenitor
de Phalaenopsis Brother Purple, ele modificou a hibridação
dos Phalaenopsis vermelhos no que diz respeito ao tamanho, quantidade
de flores e qualidade geral da progênie (Brother Supersonic, Brother
Precious Stones, etc.); e, finalmente, produzindo « mutated »
cultivares « arlequins », Golden Peoker é o responsável
pela nova onda de híbridos.
H.Ginsberg
é advogado de profissão e orquidófilo por paixão.
Juiz reconhecido pela AOS (American Orchid Society) e Conferencista
internacional (Canadá, Estados Unidos, Austrália, Nova
Zelândia). Autor de numerosos artigos em diversas publicações
(Orchids, Orchid Digest, Orchids Australia, Revue du barreau canadien).
Proprietário de Bedford Orchids, cultivador e hibridador reconhecido,
autor de cruzamentos premiados e detentor de diversos prêmios
da AOS.

Assegurando
o futuro dos híbridos de Odontoglossum
Por Robert M. Hamilton
Nas duas últimas décadas, orquídeas foram elevadas
ao ranque de plantas (em flor) de grande valor comercial. Quando a orquídea
começou a despertar grandes paixões, Odontoglossum
foi o gênero de d maior interesse comercial
O pool de genes das primeiras espécies do último século
será perdido em função da redução
de interesse em híbridos de Odontoglossum a menos que esforços
sejam feitos no sentido de preservá-las. Esta fonte genética
deve ser conservada através de programas de produção.
Esta palestra trata especificamente de discutir nossa capacidade
de caracterizar números de cromossomos e de manipulá-lo
com estratégia de cultura, tendo em vista o isolamento e a manutenção
de características desejadas.
Robert
Hamilton Robert Hamilton é residente em Berkeley, Califórnia.
Atualmente é o gerente de Equipamentos e “Equipment and
Facilities Manager” da Universidade da Califórnia, “Berkeley
Microfabrication Laboratory”. Hoje em dia, ele reproduz, semeia
e cultiva espécies e híbridos de Odontoglossum
atento à preservação e melhoramento do gênero,
tendo iniciado sua especialização neste gênero em
l980.

Novos
Híbridos dos Jardins Botânicos de Singapura
Por Tim Wing Yam and Aung Thame - Jardins Botânicos de Singapura
O programa de reprodução de orquídeas no Jardim
Botânico de Singapura começou há de 70 anos pelo
Professor R. E. Holttum.
Seu primeiro híbrido, Spathoglottis Primrose (Spathoglottis
aurea x Spathoglottis plicata), floriu em 1931. Desde então,
nosso programa de reprodução tem sido focusado em dois
grandes grupos, dendrobiums e vandaceous.
Nós, agora, desejamos fazer novos melhoramentos e inovações,
criando novas cores e produzindo híbridos espetaculares e de
longa duração. Recentemente, nós começamos
a desenvolver híbridos poliplóides.
Os híbridos tetraplóides são promissores. As flores
destas plantas parecem ter uma textura melhor, são maiores e
com uma coloração mais intensa. Como progenitores nós
utilizamos espécies raramente utilizadas até aqui, como
Dendrobium singkawangense, Staurochilus loheriana, Vandopsis
waroqueana e alguns já floriram. Estes híbridos possuem
caracteres únicos são diferentes do híbridos mais
comuns.
Dr Tim
Wing Yam é pesquisador senior junto aos Jardins Botânicos
de Singapura.

A
aliança de Oncidium Alliance com ênfase em Caucaea
Por Harry Zelenko
As espécies de Oncidium se estendem do sul do México até
a América do Central, do Sul e nas Antilhas. A abordagem se apóia
sobre o belo gênero Caucaea (gênero recentemente
renomeado em função da análise de DNA, anteriormente
chamado seção Cucullata). Taxonomistas nomearam
e descreveram as espécies neste grupo. Cultivando quase uma centena
de plantas de Caucaea oriundas de diversas regiões do
Equador, eu observei uma grande similaridade entre os membros dos diferentes
grupos. Sugere-se que existam muito menos espécies do que se
pensa, tratando-se mais provavelmente de variedades geográficas.
Harry Zelenko nasceu na
cidade de Nova Yorque. Há seis anos atrás mudou-se daquela
cidade para Quito, no Equador onde pinta, ilustra, escreve e cultiva
mais de 6.000 orchids.
Seu trabalho foi publicado, tem participado como palestrante e expondo
seus trabalhos tanto a nível nacional como internacional e vem
recendo prêmios por seus trabalhos artísticos.
Após trinta anos pintando Oncidium, ele fez o lay-out
e publicou a primeira edição de "The Pictorial Encyclopedia
of Oncidium" e sete anos depois, ele publicou a segunda
edição revisada com mais de 850 pinturas de plantas e
flores. Durante a 18a. WOC, ele apresentou uma palestra ("The Oncidium
alliance with an emphasis on Caucaea") e expôs pinturas
do livro.

Novas
tendências na produção de Vanda
Por Martin R. Motes, Ph.D.
As Vandas estão entre as orquídeas mais populares nas
regiões tropicais entretanto elas são, freqüentemente,
negligenciadas em estufas temperadas por parte dos cultivadores. Em
parte, isto advém do amplo uso que se faz de Euanthe sanderiana
nas hibridações. Enquanto ela confere à sua progênie
um tamanho grande e boa forma, ela também gera plantas de crescimento
lento, muito exigente em termos de luminosidade (intensa) e temperatura,
condições dificilmente encontradas em zonas temperadas.
A solução para este problema é simplesmente seguir
a mesma linha dos hibridadores do passado, na França e na Alemanha
que cruzavam Euanthe sanderiana com as verdadeiras espécies
de Vanda e produziam híbridos tolerantes à temperatura
e florescendo sem problema. Tendo em mente este sucesso e baseado no
sucesso dos hibridadores tailandeses em produzirem híbridos de
coloridos diversos usando E. sanderiana, o autor produziu numerosos
híbridos vencedores de prêmios que são vigorosos
com floração bonita e precoce. Estes híbridos não
somente requerem menos luminosidade e calor como também apresentam
uma gama variada de cor e de padrão. Ao mesmo tempo que são
muito mais adequado do que os híbridos comuns para clima temperado,
estes híbridos tem uma boa performance nos trópicos onde
florescem precocemente e com freqüência.
Martin
R. Motes é Ph.D. e cultiva orquídeas há 50 anos.
Ele publicou o livro ‘Vandas: Their History, Botany and Culture”
assim como artigos em jornais internacionais e palestrante em diversas
conferências. Muitos de seus híbridos receberam reconhecimento
da AOS e RHS.

A Importância
Comercial das Orquídeas Nativas da Austrália
Por Ray Clement - Tinonee Orchids
Esta apresentação discutiu a importância comercial
das orquídeas nativas da Austrália em especial as espécies
de Dendrobium, Sarcochilus e Phaius e habitats.
O desenvolvimento de híbridos também foi discutido com
mostra dos últimos e mais bem sucedidos cultivares.
O futuro direcionamento da reprodução foi discutido considerando
os melhoramentos e limitações de certos cultivares e especulando-se
o que poderá ser conseguido futuramente.
A apresentação enfatizou a facilidade de cultura e detalhou
as exigências culturais; mostrou o charme e excepcional diversidade
de cores e combinações que torna único e popular
este grupo de plantas, cultivado em vasos ou nos jardins.

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