Espécies brasileiras ameaçadas de extinção

A cada número apresentaremos fotos de algumas espécies de orquídeas brasileiras ameaçadas de extinção.
Clique aqui para ver a listas das espécies que estão ameaçadas na natureza.

 

Categorias de plantas ameaçadas
Criticamente ameaçadas - CR
Em perigo - EN
Vulneráveis - VU



Constantia cipoensis Porto & Brad (CR)
Foto: Sergio Araujo

constancia

Constantia cipoensis Porto & Brade é uma espécie de orquídea nativa do Brasil criticamente ameaçada de extinção pela coleta predatório e desbaste da planta hospedeira, resultando na redução do número e indivíduos e na destruição de habitat.
A avaliação do risco de extinção foi feita por Danielli Cristina Kutschenko.
Ela é endêmica para Minas Gerais onde ocorre como epífita sobre Vellozia, na Serra do Cipó, Minas Gerais, em área do Bioma Cerrado, num tipo de vegetação chamado campo rupestre, em altitude que varia de 900 a 1300m.
É considerada como a mais ornamental do gênero que possui apenas seis espécies. Quatro espécies ocorrem exclusivamente em Minas Gerais. Suas flores são relativamente grandes em comparação com o tamanho da planta.
O nome do gênero foi dado por Barbosa Rodrigues em homenagem à sua terceira esposa Constança e o nome da espécie faz menção ao local em que foi encontrada.

 


Brassia aracnoidea Barb. Rodr. (VU)
Foto: Sergio Araujo

brassia

Brassia arachnoidea Barb. Rodr.

Orquídea pertencente ao gênero Brassia, nativa da América Central e do Sul.
Ocorre nos domínios fitogeográficos da Mata Atlântica em Floresta Ombrófila, nos estados da Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo e nos domínios do Bioma Amazônia nos estados do Acre, Amazonas e Roraima.
Segundo a avaliação de Danielli Cristina Kutschenko (In CNFlora), alguns de seus registros estão dentro de unidades de conservação e os demais fora de áreas protegidas, deixando-a propensa à exploração indiscriminada.
Dessa forma, considera-se que a espécie se encontre sujeita a duas situações de ameaça e conclui-se que B. arachnoidea esteja "Vulnerável" (VU). Entretanto, a grande disjunção de distribuição da espécie nos Estados brasileiros e a falta de registros de coleta para os Estados amazônicos sugerem baixo esforço de coleta.

Recomendam-se, portanto, mais estudos de distribuição, populacionais e de exploração, que poderão levá-la futuramente a uma nova categorização.
O nome do gênero (descrito em 1813, por Robert Brown) foi dado em homenagem a William Brass, botânico e ilustrador, que coletou na África do Sul e Guiné.
Suas flores podem atingir a 20 cm de comprimento e geralmente são amarelas, verdes ou marrons. As longas e finas remetem às aranhas fazendo com que sejam conhecidas como orquídeas-aranhas.

Fontes consultadas
1) Meneguzzo, T.E.C. Brassia in Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB11232>. Acesso em: 18 fev. 2023
2) CNCFlora. Brassia arachnoidea in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Brassia arachnoidea>. Acesso em 18 fevereiro 2023.
3) Fernandes da Silva, Manoela, Fernandes da Silva, João Batista. Orquídeas da Amazônia Nativa Brasileira II, 2010. Página 73